O Instituto de Recursos Naturais através da ferramenta Aqueduct, que identifica e avalia riscos hídricos em todo o mundo, concluiu que um quarto da população mundial vive em regiões de stress hídrico elevado. O stress hídrico é um indicador que mede o risco que cada população tem de vir a enfrentar uma situação de falta de água devido à utilização excessiva das reservas.
No que diz respeito a Portugal, os distritos de Setúbal, Faro, Évora e Portalegre encontram-se em stress hídrico extremamente elevado. Tendo em conta um panorama geral, Portugal enquadra-se num cenário de stress hídrico elevado, consumindo em média mais de 40% da água disponível. Por outro lado, relativamente ao risco de seca Portugal apresenta um risco médio a médio-alto, sendo os distritos mais afetados Beja, Évora, Setúbal, Portalegre, Bragança e Lisboa.
Ao nível global, o Médio Oriente e o Norte de África apresentam má gestão da água, uma vez que a produtividade de água é metade da média mundial e a maioria das águas residuais não são recicladas. Neste sentido, existem diversas medidas a ser implementadas a nível regional ou nacional, tais como: aumento das tarifas da água e a promoção de consumos mais eficientes na indústria e agricultura. As estruturas humanizadas (canalizações ou ETAR) ou estruturas naturalizadas (telhados verdes ou zonas alagadas) apresentam um papel fundamental no aumento da capacidade de retenção de água. Além da retenção de água, é necessário um posterior tratamento das águas residuais que seja eficaz, de forma a que estas possam ser reutilizadas para consumo humano, agrícola ou industrial.